Postado em 26/11/2018 – Fonte: Sescon-SP
Evento promovido pelo SESCON-SP reuniu cerca de 400 pessoas em Barueri
“A lição mais importante de hoje é não ter medo de errar, pois até os nossos erros servem de aprendizado para fazermos o certo”, declarou o presidente do SESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, no encerramento XI Encontro das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento do Sul Paulista, realizado em Barueri na última sexta-feira (23). O evento reuniu quase 400 pessoas.
Shimomoto agradeceu a presença de todos os participantes, palestrantes, patrocinadores e colaboradores. “Este encontro tem a finalidade de transformar e preparar todos nós para o sucesso”, finalizou.
Eduardo Shinyashiki, mestre em Neuropsicologia e Liderança Educadora, também especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional, educacional e pessoal, foi o último palestrante do XI Encontro. Em sua apresentação, animou os participantes com sua energia e simpatia contagiantes, falando sobre motivação, objetivos profissionais, projetos de vida, estratégias, determinação, sonhos e como alcança-los: “Não permita que comportamentos negativos interfiram na sua trajetória. Entenda qual é a dor do seu cliente e a solução que ele está precisando. Toda estratégia vencedora tem um pouco de comunicação, ousadia, coragem, determinação, precisão e confiança. Quem você precisa ser para realizar o seu projeto? Não tenha medo de errar e seja grato às pessoas da sua empresa que seguram a escada para que você suba todos os dias em direção ao sucesso”, finalizou.
Luiz Côrrea, contador e empresário contábil em Florianópolis há mais de 26 anos, fundador da Contabilidade Luiz Corrêa, falou do futuro da Contabilidade no Brasil. Ele provocou uma reflexão sobre como produzir uma contabilidade digital e produtiva: “Vão sobreviver apenas as empresas que se apropriarem das infinitas tecnologias no mercado para entregar um serviço de valor ao cliente. A contabilidade convencional está ultrapassada e o contador que não entender que precisa evoluir está ameaçado. Precisamos sair da zona de conforto. Todo processo de transformação começa na mente e se você não acreditar na mudança, seu cliente também não acreditará. Transforme seu escritório convencional, com papel, retrabalho e falta de produtividade em um ambiente moderno, digital, ágil e eficiente, com equipe motivada e competente”, completou o palestrante.
José Fernando Osaki , advogado trabalhista com mais de 30 anos de experiência, apresentou a visão laboral durante o painel sobre a avaliação da reforma trabalhista no XI Encontro: “A nova legislação trouxe modificações importantes, mas não alterou a essência do contrato de trabalho entre empregador e trabalhador. Um dos pontos fortes da reforma é a prevalência do negociado sobre o legislado, que significa o reconhecimento dos acordos feitos entre empregador e empregado. A legislação, porém, excepciona uma serie de questões imunes a esse ajuste como tributação, por exemplo”. O advogado também apontou falhas na legislação como o caso da contribuição sindical facultativa, em que o legislador parte do pressuposto que o trabalhador não quer contribuir. “A lei retirou dos sindicatos sua fonte de custeio, mas continua exigindo deles o cumprimento de todos os serviços. O resultado é que poucos pagam, mas todos se beneficiam e esta conta não fecha. O ideal seria que apenas aqueles que contribuem fossem beneficiados”, concluiu Osaki. Terezinha Annéia, vice-presidente Administrativa da AESCON-SP, e Adalmo Coutinho, diretor do SESCON-SP, mediaram o painel.
Vilma Toshie Kutomi, sócia do escritório de advocacia Mattos Filho, mostrou a visão do empregador no painel sobre a reforma trabalhista: “Após um ano da lei, acredito que a reforma vem sendo aplicada pelas empresas de uma forma bem tranquila. Não houve supressão de direitos do trabalhador, mas uma alteração nos meios de soluções de conflito e a inclusão de novos modelos de contratação, além de redução no número de ações trabalhistas. No setor bancário, por exemplo, houve ingresso de 47 mil ações trabalhistas no primeiro semestre de 2017 contra 17 mil ações no mesmo período deste ano. Portanto, na parte processual, a reforma foi extremamente positiva. No geral, o que podemos verificar é que aumentou o cuidado com as decisões a serem tomadas”, apontou Vilma. A advogada também falou sobre trabalho intermitente, o papel dos sindicatos e outros temas relacionados a contratos de trabalho. Terezinha Annéia, vice-presidente Administrativa da AESCON-SP, e Adalmo Coutinho, diretor do SESCON-SP, mediaram o painel.
Samuel Kruger, auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil e supervisor do eSocial e da EFD-Reinf, foi o primeiro palestrante do evento. Kruger falou sobre como funcionará a junção das obrigações DCTF WEB, EFD – Reinf no eSocial. “A empresa que estiver obrigada a uma, está também obrigada à outra, de acordo com o cronograma de faseamento estabelecido pela Receita Federal. Toda informação cadastrada no eSocial é fragmentada. Portanto, é preciso ter atenção no preenchimento de cada tabela, pois todas são importantes para geração de tributos. Evite erros. Utilize o ambiente de testes disponível desde o ano passado online 24 horas por dia e sete dias por semana. No portal da Receita Federal há também um link para perguntas frequentes, caso tenha dúvidas sobre a utilização do sistema.” Alexandre de Carvalho e Marcio Teruel Tomazeli, diretores AESCON-SP fizeram a moderação das perguntas enviadas pelos participantes. “Os contadores são o grande elo entre o contribuinte e a Receita”, ressaltou Kruger.