Pronampe tem melhores condições que bancos, mas não atende plenamente o mercado

fonte: BizNews/br

Para Fenacon, programa ainda é insuficiente diante da crise econômica

A concessão de crédito para microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenos negócios por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) trouxe ao mercado melhores condições do que as oferecidas tradicionalmente pelas instituições bancárias. Mas o programa ainda não atende plenamente o setor, principalmente para enfrentar as condições atuais de crise econômica.

É o que aponta um diagnóstico da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). “Se nós formos comparar o Pronampe de 2020, oferecido na pandemia, com esse que foi liberado agora, a diferença é bem sensível. Porque antes, nós tínhamos juros em torno de 3,5% ao ano, agora esses mesmos juros estão a 19,25%”, aponta Diogo Chamun, diretor legislativo da Fenacon.

Chamun também apontou que o empreendedor ainda lida com os efeitos da Selic, que aumentou no último dia 3, na última reunião do Copom. “Durante a pandemia, a Selic estava em um patamar muito baixo, o que fazia com que os juros girassem em torno de 3,5% ao ano no primeiro Pronampe. Agora, com a Selic a 13,75%, esses mesmos juros estão chegando a aproximadamente 20%”, observa.

O especialista aponta que, somando a Selic e os juros do Pronampe, a linha de crédito específica ao micro e pequeno empreendedor ainda acaba sendo vantajosa, já que os créditos disponíveis no mercado têm juros acima dos 30% ao ano. “O Pronampe é uma linha de crédito que acaba compensando ao empreendedor e, por ser extensa, disponível até 2024, estima-se que ela vai liberar entre R$ 30 a 50 bilhões para o setor”, conclui Chamun.

Fonte: Fenacon

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