Postado em 31/10/2016 – Fonte: Diário do Nordeste – CE
Entre as regiões, o Nordeste apresentou recuo de 2,5% na quantidade de empreendimentos
A abertura de empresas de janeiro a setembro no País cresceu 1% sobre igual período do ano passado, segundo levantamento da Boa Vista SCPC. Mas o destaque recaiu sobre as Microempresas Individuais (MEIs), que cresceram 6% na mesma base de comparação. O Sudeste e o Sul foram as regiões responsáveis pelo crescimento das empresas. No acumulado do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, registraram alta de 2,8%. As demais regiões apresentaram queda no período: Nordeste, de 2,5%; Norte , de 3,1% e Centro-Oeste, de 3,4%.
Com isso, Sudeste e Sul apresentaram ganho de representatividade O Sul passou de 16,6% para 16,7% e o Sudeste aumentou de 50,7% para 51,8%.
Alternativa
Segundo disse nessa sexta-feira (28) o economista-chefe da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, muito deste crescimento de novas empresas, especialmente de porte micro, tem raiz no elevado índice de desemprego. Sem perspectivas de voltar ao mercado de trabalho num ambiente econômico adverso, os trabalhadores estão empregando suas verbas rescisórias no negócio próprio.
Mercado
“As MEIs estavam crescendo a 14% no trimestre passado. São empresas com faturamento mensal de até R$ 5 mil ou até R$ 60 mil anuais”, disse o economista. Ou seja, são empreendimentos abertos para gerar renda equivalente ao que o empreendedor conseguia quando trabalhava de empregado. O crescimento das microempresas elevou em 3,5 pontos percentuais a participação desse segmento, totalizando 74,2% das novas empresas, enquanto as demais categorias perderam representatividade. Em relação ao segundo trimestre, no entanto, a abertura total de empresas recuou 2%.
Setores
Quando analisada a composição das novas empresas por setores, o levantamento da Boa Vista SCPC observou que o setor de Serviços registrou ganho de representatividade. No acumulado de 2016, este segmento atingiu 55,9% das novas empresas, ante 54,4% no mesmo período do ano passado. Como Indústria e Rural praticamente permaneceram estáveis, o Comércio foi quem perdeu espaço, ao passar de 35,0% para 33,4% do total.