Para se manter competitiva a empresa precisa se adequar à nova realidade

Hugo Amano

O ano de 2015 vem sendo de grandes desafios para o Brasil. Inflação acima de 8%, elevação da Selic, projeção de “crescimento negativo” do PIB, redução do crédito, ajustes fiscais e a valorização do dólar. Além das influências econômicas, não são poucas as discussões políticas e sociais com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Para manter a competitividade em um mercado tão árduo, as empresas também têm de se adequar à nova realidade.

Temos visto demissões em massa, redução de despesas e corte de investimentos, mas nem todas as empresas focam na redução de tributos.

É preciso fazer um diagnóstico da área tributária a fim de verificar se há oportunidades de reduções, como créditos de PIS, Cofins ou ICMS. Planejamentos tributários e reestruturações societárias, em plena conformidade com a Lei, são bem vindos e podem melhorar o desempenho da empresa em um ano desafiador.

Há um ditado que diz: “Não há nada tão ruim que não possa piorar”. E realmente pode piorar, se aparecer o fisco com um Auto de Infração. A Receita Federal do Brasil arrecadou em 2014 mais de R$ 150 bilhões em autuações e estima cerca de R$ 158 bilhões em 2015, sendo que os 46 mil contribuintes que serão fiscalizados neste ano já estão identificados.

O fisco consegue realizar o cruzamento eletrônico de dados enviados pelas empresas nas diversas obrigações acessórias de forma eficiente e com rapidez.

Por exemplo, uma informação do Sped Fiscal será cruzada com a EFD Contribuições, que por sua vez pode ser cruzada com a ECD (Sped Contábil).

Em 100% das empresas e obrigações acessórias analisadas, os arquivos foram enviados com as informações incorretas ou inconsistentes, sendo que em alguns casos estes erros já poderiam ser um indício para o fisco iniciar uma fiscalização.

fernando@scritta.com.br

sócio da consultoria tributária da BDO

DCI

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